17 junho 2004

Paranóia

Trecho do meu diário (sim, eu tinha um diário) com uma das muitas coisas engraçadas que me aconteceram no Rio (esta em 26/5/03):

(...) À tarde fomos visitar uma mulher que nos tinha pedido ajuda no dia anterior. Devia ter uns 40 anos, disse que trabalhava numa operadora de tv a cabo, que teve os documentos roubados e disseram que ela não existia mais, mas ela sabia que existia. Ela foi no consulado americano e eles a filmaram no circuito de segurança, portanto, ela existia, mas as pessoas estavam manipulando informações, a mídia sempre mente, sempre. Disseram que ela era falsa, que, na verdade, no passado ela foi uma médica alemã que matou muitos judeus e que ela deveria pagar por seus crimes, mas não, ela não cometera nenhum. Ela era branca, mas o filho dela estava sendo forçado a encrespar o cabelo e escurecer a pele e um dia, um clone do Nelson, amigo dela, apareceu pra ela, mas ela sabia que era uma cópia, e ela foi assaltada tantas vezes, mas, desculpe, seus dentes... ah, seus dentes! Uma vez, o filho dela, as unhas dele...

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