- Ni-Hao!
- Ni-Hao!
- Você tem um filho, nes pas?
- Isso mesmo.
- Chico ou Chica?
- Chico.
- Ele deve ser especial.
- Ele é especial.
- Todas as crianças são. Isso me faz pensar de onde vêm os adultos medíocres.
Sabe o Admirável Mundo Novo, do Aldous Huxley? Então, tenta misturar com a idéia de "lavou, tá novo" mental do Eternal Sunshine of the Spotless Mind. Conseguiu? Tá, agora coloca o clima noir futurista do Blade Runner (não deve ser difícil, Admirável... também é futurista). Agora, por mais estranho que pareça, coloque pitadas de Lost in Translation, mas sem o humor. Ambiente tudo isso num futuro com poucas árvores, nenhum país, apenas Cidades-Estado absolutamente cosmopolitas, com pessoas de todas as raças, falando uma língua que é a salada de expressões estrangeiras do começo do post. As máquinas existem, exatamente do jeito que existem hoje: câmeras, caixas automáticos, identificadores, computadores. Nada de robôs andando pra todos os lados. E eu achando que Minority Report tinha uma visão de futuro realista...
São tantos os assuntos tratados no filme que e é impressionante que ele não descambe pra lado nenhum. Não é todo dia que aparece um filme tão completo, tão coerente e tão belo.
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