05 julho 2004

A lei da compensação

Dá pra uma coisa ser "meio perfeita"? Considerando perfeito algo totalmente desprovido de defeitos, qualquer coisa com uma falhazinha sequer já não é mais perfeito. Tipo a Ana Paula Arósio com a unha encravada. Por outro lado, uma música do Backstreet Boys poderia ser considerada perfeita, afinal ninguém erra nenhuma nota na gravação.
Agora, se considerarmos perfeito algo completo em si mesmo, que explora seu potencial ao máximo, aí resolvemos parte do problema. Os possíveis defeitos são compensados por todas as outras virtudes mais o fato de não dar pra melhorar muito mais sem ter que começar do zero. Assim, a Ana Paula vai pro pódio (de tenis, pra proteger o pé) e os meninos de Orlando despencam.
Não sei se o novo homem-aranha merece o Olimpo, mas é certo que a lei da compesação vale (e muito) pra ele. Ceninhas meia-boca como a do povo de New York se colocando corajosamente entre o Aranha e o Dr. Octopus, que acabara de tentar matar todomundo, e dizendo "você vai ter que passar por cima de mim antes de pegar o Homem Aranha!" "E de mim!" "De mim também!" são quase apagadas pela hilária cena do elevador ou a incrível cena do Dr Octopus no hospital. A cara do Sam Raimi. E viva a liberdade do diretor.

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